domingo, 1 de novembro de 2009

Estar perto, junto e unido

É interessante que está em uma reunião ou reunido, não é sinal de que todos ai estejam unidos integralmente.

Quando gosta-se muito ou quando ama-se uma pessoa querer está perto dela a maior parte do tempo seria ou deveria se o mais normal, pelo menos pra ainda é o mais normal. Mas uma questão que tem me deixado na maior duvida é até que ponto a presença, a participação, a ausência e a não participação é importante na nossa vida e na vida das pessoas que amamos? Ou ainda além disso, vale a pena a presença sem a participação ou a participação sem a presença? O que vale mais ou o que seria menos pior desses dois, participar e ser ausente ou não participar e ser presente? (isso sem falar no participar negativo ou na participação negativa)

Eu sei que a morte dos meus pais veio a calhar neste sentido, porque ficou ai uma lição pra mim a esse respeito.

No final das suas vidas, pouco antes de morrerem, meus pais eram presentes mas a participação deles já havia se tornado, aquela altura, negativa, muito negativa por sinal e assim eles morreram. Eles morreram perto de mim e até o fim estivemos juntos e eles certamente sabiam que isso me causaria uma grande dor, assistir a cada dia eles me abandonando e se entregando para a morte. Ai é que está, de acordo com as questões anteriores, que lição boa ou importante isso me ensina? Eu aprendo através disso que uma família ou um melhor amigo ou seja lá qualquer pessoa que agente gosta muito e que gosta da gente, nunca deve se separar, mas deve permanecer juntos e unidos até o fim.

Acredito que isso que meus pais me ensinaram ou tentaram me ensinar pelas suas vidas e mortes, porém não sei se aprendi muito bem direitinho ainda, essa é uma lição disciplinar no mínimo muito rude e complicada. O que é pior não sei como aplicar agora o que aprendi em relação ao meu filho e até em relação a meus pais adotivos. Para piorar mais um pouco, tenho um irmão que foi morar longe, que pode nem me preocupar tanto já que a minha ligação com ele (Marcio) nunca foi das mais profundas se comparado a ligação que tenho com o meu outro irmão (Marcelo), mas neste caso a consciência sempre acaba colocando uma culpa, pois de certa forma eu deveria me preocupar mais com o Marcio por ele ser uma pessoa de quem eu gosto muito e por outro lado, principalmente tem o meu filho, esse com quem eu tenho sido tanto ausente quanto não participante, neste caso de não ser participante até me sinto bem com isso de certo modo, claro, porque seu que não é tão ruim quanto participar negativamente.

Eu tenho uma certeza dentro de mim que não viverei tempo suficiente para ver meu filho se formar um homem, o que também me dá algum alivio pois sei que assim não terei tempo para viver e participar negativamente da vida dele, assim como meus pais fizeram comigo.

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