quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Lavar louças, tarefa para poucos

Em um mundo ideal, essa seria mais uma tarefa gostosa, prazeirosa que qualquer uma pessoa por mais imprestável que fosse, saberia fazer com maestria.
Só que no mundo real, lavar louca todo dia é agonia.
Não quero parecer machista nem preconceituoso mas sei que é isso o que vai parecer.
A menos que você seja uma das raras mulheres que tem o dom nato de ser dona de casa, do lar ou empregada domestica, você não vai saber fazer bem feito ou vai sentir dores ao fazer ou as duas coisas, vai fazer mal feito e com dores vai terminar xingando ainda.
Por mencionar as domesticas, são uma classe que já foi muito explorada pelas madames e dondocas, tanto que atualmente é uma classe que praticamente está em extinção.
A mão de obra delas finalmente tornou-se valorizada, mesmo assim muitas já não querem permanecer nessa condição ou situação pelo resto da vida, o que levou ou tem levado a escassez dessa mão de obra.
Minha própria mãe já passou muito por tudo isso mas naquela época em que as domesticas não tinham os direitos que hoje elas têm.
Eu penso que se você faz bem uma determinada tarefa, não importa se você não gosta, é preciso fazer, então vai lá e
faz. E se você não faz bem uma tarefa, mas gosta muito de fazer, evite fazer. Ou se nem gosta tanto de fazer mas tem boa vontade e quer tentar fazer assim mesmo seja porque está ocioso e quer ajudar, acho válido, mas muitos poderão não char válido e também poderão criticar.
Me lembro que na adolescencia meus pais me obrigavam a lavar toda a louça. Era como se meu pai pensasse: "se eu trabalho sozinho pra bancar a casa, ele tem que lavar a louça sozinho" e como se minha mãe pensasse: "se eu faço sozinha a comida para todos comerem então ele tem que sozinho lavar a louça". Porém eu não tinha idade para bancar a casa porque não tinha emprego, ainda era estudante. Quando eu começasse a trabalhar profissionalmente certamente eu teria o maior orgulho de poder contribuir com as despesas da casa ou deveria ir morar sozinho. E também eu ainda não tinha idade para fazer refeições para uma família se alimentar. Quantas vezes eu cobrei ou exigi que fizesse um prato diferente, por já não aguentar mais o mesmo almoço ou a mesma janta semana após semana ? Tenho certeza que nenhuma vez. Quantas vezes a comida da mamãe não ficou lá assim tão boa e mesmo assim nós elogiamos e comemos ? Se eu fosse fazer comida para todos, ninguém ia aguentar comer e ainda iam me espraguejar depois. Eu tinha idade para lavar louças sim mas pra lavar a minha louça que eu sujei. Não deveria ser obrigado a lavar as louças de todos e muito menos ser disciplinado a lavar louças com tanta frequencia.
Outra coisa triste é você saber que faz algo melhor do que fulano ou que não fulano não leva jeito pra fazer algo e é fácil perceber ou detectar quando alguém não leva jeito pra fazer algo ou se não faz tão bem quanto você, mas apesar disso você insiste que fulano tem que fazer o algo e fazer bem feito. Mas se fulano não é profissional em algo, se você sabe fazer e faz melhor do que fulano ou já percebeu que fulano não leva jeito pro algo, pra que insistir pro fulano fazer ?
A tarefa de lavar louças, bem como a de lavar e passar roupas, cozinhar e outras afins relacionadas aos serviçoes do lar e aos cuidados dos filhos, é uma função quase que estritamente feminina. Asssim como não estamos acostumados a ver mulher mestre de obra, ou mulher piloto de formula 1, ou mulher jogando video games, por exemplo. Desde a infancia tem essa separação as meninas bricam de bonecas e os meninos de carrinhos. Elas pulam amarelinho e eles brincam de brigar e/ou disputar algo ou alguma coisa através de competições que medem a força fisica e/ou a coragem. Mas estamos passand por um processo tão intenso de transformação sócial, cultural, economico e historico da situação inferior da mulher em relção ao homem, que os direitos a igualdade estão sendo levados ao extremo, e assim quase estão tornando os homens em mulheres de calça ou mesmo em bichonas ou gays.

PS: Já passei e consegui sobreviver a tanta coisa grave e ainda provavelmente irei passar por muitas outras tantas também gravíssimas das quais espero sair ileso ou não muito lenhado, que parece uma tremenda banalidade falar a respeito de limpeza de pratos e copos, mas são minimas coisas como lavar a louça que se acumulam e vão minando relacionamentos entre as pessoas, são em pequenos detalhes como este que tornam-se uma bola de neve e acabam com as relações das pessoas.










segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Esconde ou mostra ?

Já dizia o velho ditado:: A quem tu fazes conhecer os teus segredos, tu fazes dono de ti. Então, é logico dizer que se todos souberem dos meus segredos, logo todos serão donos de mim e assim nenhum se fará dono de mim.
Em geral as pessoas quase sempre tem a grande ilusão de que não devem nada a ninguém e que por isso, justamente por isso não precisam dar satisfação alguma da sua vida ou não precisam explicar nada e nem mesmo expor o por que de fazer ou de deixar de fazer alguma coisa.
Eu devo sim para algumas pessoas e nem por isso deixaria que soubessem da minha vida intima ou particular, só por isso, afinal até onde eu sei os meus credores não são agiotas e eu nunca deixei e nem deixaria de pagar uma divida de proposito, tendo dinnheiro pra pagar.
Nós aprendemos a cultura Americana dos Estados Unidos, através dos filmes que assistimos na TV, que não devemos falar com estranhos. Isso é algo ridiculo, porque os nossos melhores amigos e namorados etc enfim as pessoas que hoje nos são mais intimas e que amamos, com excessão da própria familia, é óbvio, um dia foram completamente estranhas ou desconhecidas pra nós.
Não estou defendendo uma ideia sem noção, por exemplo, de que devemos sair por ai a fora gritando aos 4 cantos do mundo ou a esmo as senhas do cartão de crédito, da conta bancária. Divulgar amplamente seu endereço completo e numero de telefones e de documentos como CPF, Identidade. Não é nada disso, não digo que devemos fazer propaganda das coisas que nos são especialmente confidenciais e particulares. Porém é muito importante abnegar-se ao máximo de uma vida com total ou muita privacidade. Principalmente nos dias atuais em que somos ou estamos constantemente sob vigilancia intensa. Seja lá onde quer que vamos tem alguma camera nos espionando. Basta colocar um pé para fora de casa e pronto já acaba qualquer privacidade a que teriamos direito.
Nâo faz tanto tempo assim, há alguns anos atrás tinhamos bem mais direito a privacidade do que agora. Não dá sequer para esquecer e mexer no nariz pra tirar uma melequinha grudenta que incomoda (limpar o salão), porque corre-se o risco de ir parar no Youtube. Por outro lado, essa falta de privacidade tem nos proporcionado uma maior segurança e/ou proteção. Pelo menos é a justificativa dada pela presença de cameras de monitoramento em varios pontos de locais publicos.
Acho até que se fosse possivel ou legal alguns donos de empresas colocariam cameras inlcusive nos banheiros.
Ao meu ver o mais importante a se analisar é que quem não deve não teme e não se assusta com as consequencias de ter uma vida exposta como um livro aberto.
No passado e ainda hoje vemos exemplos de pessoas que são ou que foram muito importantes e que ao final da vida ou melhor dizendo, quase ao final da vida, escreveram suas auto-biografias que se tornaram fontes inspiradoras de literatura e/ou de historia, com as quais aprendemos muitas lições não só de filosofia, poesia e sociologia mas principalmente lição real de vida moral, civil e de éticas além de diversos outros aspectos.
Não é necessário esperar os 60 ou 70 anos para começar a escrever sua auto-biografia, é muito mais vantajoso ir escrevendo ao longo da vida, ao passo que os acontecimentos relevantes vão surgindo. E aos 60 ou acima dos 60 anos a memoria já não será capaz de lembrar tudo com as riquezas de detalhes esclarecedores ou também com a mesma emoção que teria se escrevesse logo em seguida, a medida que a historia fosse se desenrolando.
Se as pessoas podem te colocar apelidos ou podem rir de você. O melhor a fazer é, ria de si mesmo e invente algum apelido para si e deixe que as pessoas saibam desse apelido e se acostumem com o mesmo e depois diga as pessoas que você é o autor do apelido. É o que eu fiz, é o que tenho feito e tem dado muito certo.

Orgulho e humildade, Defesa e humilhação

Quanto ao meu orgulho, devo ressaltar que já fui muito extramamente humilhado por causa da minha humildade, baixando a cabeça e me calando sempre para todos, enquanto todos me faziam de bobo e se aproveitavam para abusar da minha nobre humildade. Recebi todos os tipos de broncas injustas, conselhos incoerentes e severas humilhações de pessoas com os mais diversos tipos de motivos "bons e maus" que me submeteram a essas tantas humilhações. Por que bons e maus? Porque muitas vezes as pessoas faziam o que faziam comigo convictas de que estavam fazendo aquilo para o meu bem, para o meu aprimoramento de vida ou para me proteger sei lá do que, mas acabaram contribuindo para esculaxa a minha vida e eu só aceitava tudo numa boa, isso porque não era orgulhoso, eu era somente puramente humilde.
Hoje graças a Deus ainda sou muito humilde mas também sou muito orgulhoso. É esse orgulho que me protege e me ajuda a me defender de certos maus tratos.
Portanto por mais que eu queira ou quisesse não posso e nem poderia me dar ao luxo de voltar a ser puramente humilde e não orgulhoso. Eu apenas posso lamentar e me desculpar por não poder lamentar pelas pessoas que gostam de mim de verdade e que gostariam de me ver bem melhor e mais feliz.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Ausencia de morte

Somos seres mortais, fadados a morrer brevemente logo após o passar de um curto espaço de tempo, em média 60 a 70 anos no máximo. Quando alguém vive muito chega aos seus 120 anos. Mas o que são 120 anos diante de toda uma eternidade ou da idéia conceitual sobre uma vida infinita depois da morte? Além disso ter vivido muito tempo não significa ter vivido muito bem. Só que agora não quero falar de velhice. Quero é tratar de ausência e de morte. Porém não qualquer ausência e nem qualquer morte. Antes devo me referir a pior das ausências e a pior morte de todas.

É possível e é terrível simplesmente de imaginar uma ausência ou morte tão poderosa e forte. Por causa do amor incondicional das pessoas que mais amamos e que nos amam é que uma menor ausência que seja se torna a mais cruel e devastadora. A morte mesmo que por grande tortura, se ferisse gravemente a pele, a carne, os ossos, os músculos do corpo, não causaria tanta dor e sofrimento quanto a dor e o sofrer deixados pela ausência ou pela morte de alguém amado.

Penso agora que então o melhor ou o ideal a fazer seria realmente desaparecer ou dá um jeito de sumir. Pelo menos assim restaria a certeza aos meus amados que eu ainda poderia estar vivo e não apenas vivo mas também feliz. Lógico que não feliz por estar longe e por não ter nenhum contato com eles e provavelmente nem tão feliz quanto estaria se estivesse junto deles, (como na realidade ainda estou, sou feliz, agradecido e considero ter muita sorte por amar e ser amado assim por essas pessoas que me amam verdadeiramente. Entre os quais se destacam meu filho, meus imrãos e meus pais). Onde quero chegar basicamente é que entre a certeza da ausência e a duvida ou a certeza da morte é muito menos pior a certeza da ausência. E sei que eu não agüentaria perder mais um ente querido. Porque já perdia minha mãe biológica aos 14 anos, perdi minha mulher e filho aos 25 anos, perdi meu pai biológico aos 28 anos e ainda ter de suportar mais uma perda de uma dessas pessoas acima citadas. Se eu já não consegui suportar as perdas que já tive e é por isso que estou doente em depressão. A tristeza, a solidão me afligem dia e noite, noite e dia quase que incessantemente. E ainda a pior hipótese é pensar como deve ser agora e como seria para o meu irmão Marcelo que este principalmente também é outro, é um que devo sofrer talvez até mais do que eu, ele se faz tanto de forte, aparenta tanta firmeza mas é bem frágil pelo que sei.

Me ausentar sumindo, desaparecendo implicaria em me acovardar, em fugir com medo de enfretar diretamente essas situações contrárias. E a exemplo de meus pais que cometeram grave erro ao "abandonar" a mim e meus irmãos, mas eles foram corajosos e morreram perto de nós. Até o fim eles continuaram proximos de mim apesar do triste final que tiveram. Eles não fugiram ou simplesmente se esconderam da realidade. Ao meu ver eles tiveram atitude de honra e assumiram uma posição digna e de certa forma de acordo com o que haviam de assumir.