domingo, 1 de novembro de 2009

07 DE JUNHO 2009

Durante pelo menos 23 desses meus 30 anos, ou seja, toda a minha vida, sempre senti 3 fortes “chamados”: o de não negar minhas origens, o de formar uma família com uma mulher que me amasse muito e o de salvar vidas ainda que isso significasse ariscar a minha própria vida.

Sinto grande necessidade de não deixar cair no esquecimento tudo que aprendi na minha infância. Sei que mesmo os traumas e as dificuldades foram importantes. A passagem que diz: “ensina o menino no caminho que deve andar e ainda quando for velho não se desviará dele” tem muito a ver com isso. Não me sai da cabeça um momento de quando eu ainda era bem novo, criança, parecia que sonhava acordado e via uma bela mulher vindo em minha direção, talvez ela estivesse parada, mas ela sorria e olha para mim. Essa mulher me daria filho(s) e nos amaríamos muito por toda nossa vida. Eu já me apaixonei e me envolvi com varias mulheres, a única que me deu filho foi a Danielle, mas ela não me amou muito, aliás acho que no máximo ela foi apaixonada por mim. Eu sim ainda gosto dela e isso tem duas razões, porque sou muito romântico e porque ainda não encontrei outra pessoa para viver algo mais profundo do que o que vivi com ela.

Há um tempo atrás quando tirava minha identidade no DETRAN, fui pego desprevenido por uma importante questão, seria doador de órgãos ou não? Como até então não tinha pensado no assunto, resolvi que na dúvida era melhor dizer que não, não seria doador. Tempos depois passei a acreditar que tinha feito o certo em por na identidade que não sou doador, pois achava que isso facilitaria a vida dos contrabandistas de órgãos e que favoreceria alguém me matar ou me deixar morrer intencionalmente para poder lucrar com meus órgãos em algum mercado negro de órgãos. Mas agora já penso bem diferente, penso que quando se trata de ajudar a salvar uma vida não se pode temer a nenhum risco, pelo contrário os riscos aparecem para provar mais ainda se o herói é o herói ou não é o herói. Não tem essa de ser um herói ou mais um herói. Ou se é o herói ou não se é nada. O herói que é o herói já nasce sabendo que é. Pode até existir muitos heróis mas o herói mesmo é raro. Tem batman (homem-morcego), spiderman (homem-aranha), ironman (homem-deferro) e outros heróis mans ou homens heróis, mas o superman é o superman. Comecei gostando do super-homem pelos quadrinhos ou gibis, assisti alguns desenhos na TV do homem de aço como também é conhecido, mas quando assisti ao primeiro filme da série, eu devia ter entre 7 e 12 anos de idade, me marcou tanto que tive confirmado que o personagem de Clark Kent se alojaria ou empreguinaria a minha própria personalidade para sempre.

Por coincidência ou não minha mãe penteava meu cabelo como o do ator Christopher Reeves. Na série que assisto atualmente no SBT, SmalVille, o superman é adotado por um casal de fazendeiros, a diferença ai é que o casal que me adotou não é de fazendeiros e sim de advogados. O personagem desse Smalville disse: “tenho um tipo de alergia” e um outro personagem retrucou: “alergia a uma pedra...”, era uma pedra de criptonita, enfim outra semelhança, superman é alérgico e eu também sou alérgico. Lógico que essas comparações sobre essas coincidências ou semelhanças minhas com a do superman são apenas fantasiosas e no máximo curiosas também. Pelo menos neste caso não tem a menor chance de a ficção se misturar a realidade, os poderes de superman são a maior ficção, mas por outro lado o seu papel ou função de herói fazendo justiça e salvando vidas se aplica naturalmente a realidade e é ai principalmente que me vejo igualzinho a ele.

Tenho dito inclusive pra mim mesmo que só supera-se um amor com outro amor. Ou para esquecer um grande amor do passado só um grande novo amor no presente. Apesar de eu acreditar ser pouco provável, mas pode acontecer ainda de conseguir viver um novo amor e ai superar o amor que tenho pela Danielle, só que esse superar neste caso especialmente não quer dizer substituir, ou seja, não está no sentido que vou deixar de amar a Danielle e não apenas por ela ter sido o meu primeiro amor nem só por ela ter sido a primeira com quem vivi a minha primeira experiência sexual e nem só porque ela foi a primeira a me dá um filho, que até aqui e agora é o único filho que tenho e não só pelo nosso final ter ficado mal resolvido, mas principalmente porque sempre acreditei que o nosso amor tinha tudo pra dar certo e pra só terminar quando fosse a hora, isto é, no fim de nossas vidas, mesmo com todas as dificuldades e erros do começo, sei que podia ser diferente. Não é certo dizer que por ter iniciado mal acabou mal, isso é uma lógica tão racional quanto fria e calculista, mas o amor transcende qualquer lógica ou razão. Por isso de fato sempre acreditei que um dia nos separaríamos mas não sabia que esse dia pudesse chegar tão rápido e sempre acreditei também que jamais me conformaria com essa separação e como é verdade não me conformo ainda e nunca me conformarei, porque sempre ei de amá-la mesmo que eu encontre e viva um outro amor.

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