sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Se a vida fosse boa e não perfeita

Algo de mais importante que aconteceu na minha vida foi o nascimento do meu filho Pedro. E assim como sempre tive a convicção de que a mulher com quem eu tivesse o primeiro filho, essa mulher seria a mulher da minha vida. Seria o grande amor da minha vida, preparada por Deus para mim. Assim como também eu fui o primeiro filho do meu pai e da minha mãe e meus pais foram, sei que foram um o grande amor da vida do outro, apesar de a infidelidade ter tracejado o relacionamento dos meus pais. Não foi a falta de união e fidelidade entre eles, mas o consumo excessivo do álcool, já que quando sóbrios ambos eram só amores e tudo era perfeito na nossa família sem que estivessem bêbados. Eu e Danielle como nunca bebemos, o problema foi outro bem diferente. Não vou mais repetir desta vez qual foi o problema, melhor dizendo, para ser mais preciso no caso meu e da Danielle, quais foram os problemas. Então não vou me repetir nisso, pois quase metade de todo meu Blog já trata só sobre o que foi esse relacionamento Marcos e Danielle.

Por isso mesmo, por ter sido tão importante é que hoje após 5 anos de separação, posso afirmar: minha vida acabou, terminou, encerrou, faliu, etc no exato instante em que nos separamos há 5 anos atrás. Até creio que seria possível daqui a 8 ou 10 anos quando ela tivesse na idade que estou agora, talvez reconquistá-la, mas para isso eu teria que começar de ontem a fazer um grande esforço e sacrifício. Eu teria que ter muito vigor, disposição e paciência para esperar com o tempo tudo voltar para o devido lugar.

Mas a realidade é que não consigo ter mais nem forças nem esperanças para tentar lutar pela recuperação de tudo o que perdi, que foi a minha própria vida.

Perdi não foi apenas a mulher que tanto amei mas também ao mesmo tempo perdi o filho que tanto amo. Pois se juntos, unidos já é difícil para os pais criarem e educarem os filhos, imagine separados da maneira que nos separamos, nem nos falamos mais. Parece que ficou bem mais fácil nos ignoramos completamente um ao outro, o que é fatal inclusive para o relacionamento entre eu e meu filho.

Imagino como será para Danielle quando ela tiver 30 anos, a mesma idade que tenho agora. Será que ela porá a mão na consciência e pensará algo do tipo: “Eu deveria ter procurado o Marcos para conversar”??!.

Outro dia alguém me perguntou o que eu faria se ganhasse 1 milhão em dinheiro e como de costume em questões como essa de surpresa, acabei não tendo uma resposta firme, mas depois de analisar melhor um pouco, logo notei que a resposta não pode ser outra: Eu gastaria todo o 1 milhão com advogados e o que mais fosse preciso para ter meu filho comigo.

É ai que ressalto, a vida é muito boa sim, mas para se aproveitar o melhor do que a vida tem a oferecer não basta saber viver, ou seja, ter sabedoria é apenas um dos vários requisitos necessários para se poder viver bem a vida.

Financeiramente falando, a riqueza no mundo que vivemos é importante para tudo. O rico sempre consegue amenizar seus sofrimentos e ter uma qualidade de vida superior por causa das suas riquezas. A pessoa que é rica resolve qualquer problema com facilidade e muito mais rápido do que a pessoa que é pobre. O pobre só consegue oq eu quer que seja com muita dificuldade e sacrifício, enfim.

Se viver fosse mesmo assim tão bom para todos ou se realmente cada pessoa nascesse com direito de viver bem a vida, se fosse mesmo assim, o mundo ainda não seria perfeito, mas seria um mundo bem melhor,a vida não seria perfeita mas seria uma vida boa de se viver.

Se a vida fosse boa e se viver fosse bom, como nos contos de fadas, como alguns passam para a maioria, para que essa maioria iludida continue sempre a trabalhar de uma forma escravizante e assim esse alguns, ai sim, alguns podem desfrutar de verdade a boa vida.

Se viver fosse bom ou se a vida fosse boa não existiria: Suicídio. Não existiria guerra ou ameaça de guerra. Não haveriam Cadeias, presídios superlotados. Não haveria tanta gente morando nas ruas passando frio e fome. Não existiria tantos homicídios dolosos, com a intenção de matar ou assassinato.

Se a vida fosse boa nunca trataríamos tão mal a natureza, destruímos nosso próprio meio ambiente.

Para que a vida fosse verdadeiramente boa e para que viver fosse verdadeiramente bom, ainda sem ser uma vida perfeita e sem ser um mundo perfeito, deveria haver pelo menos uma dessas duas coisas: Riqueza igual para todos ou sofrimento igual para todos.

Creio que a maior diferença entre ricos e pobres, é que até no sofrimento o rico tem vantagem sobre o pobre. Porque se alguém na família do rio fica doente, por exemplo, já tem todo o dinheiro para se fazer o melhor tratamento e ser curado o mais rápido possível. Enquanto na família do pobre se alguém fica doente nem plano de saúde tem, vai contar com a sorte no hospital publico mesmo e muitas vezes não tem dinheiro nem para comprar o remédio.

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