terça-feira, 13 de outubro de 2009

06 de Julho 2009

O que tenho de fato a perder agora se eu morresse seria deixar algumas pessoas tristes e com saudades. Seriam no máximo 1 dúzia de pessoas entre familiares e amigos mais chegados. São pessoas que me conheceram, conviveram e se interessaram por mim. Umas se importam mais outra menos, mas todas essas pessoas gostam de mim porque sabem que ensinaram e aprenderam alguma boa lição de vida comigo.

Em geral após morrer logo a pessoa cai no esquecimento mesmo por aqueles que lhe eram mais chegados. (exceto pelos católicos apostólicos romanos que já tem como cultura e ritual, de uma vez por ano no dia de finados ir a igreja para rezar pelas almas) Então se não for um poolitico como Lula, Sarney etc, se não for um brilante e genial artista como Roberto Carlos, Michael Jackson, Vicente Vangogue, Machado de Asis etc, no esporte como Airton Senna, Pelé e na religião como Martin Lutero, Silas Malafaia, enfim a pessoa pra ser mesmo lembrada por muito tempo após morrer só entrando para a História e só se entra para História se for um importante líder: político ou artístico ou esportista ou religioso ou popular empresário e milionário.

As crianças quando sofrem tem pelo menos o beneficio da ignorância e os velhos que no exato momento da dor sabem o que é, o porque e de onde vem ou qual é a raiz desse tal sofrimento. Seria tão bom viver da doce ilusão que vivem as crianças até ficar velho. É, eu desejaria que houvesse uma ilusão tão forte e poderosa que iludisse a inteligência, o conhecimento e a experiência que tenho. Na minha infância eu vivi mesmo a realidade cruel , nua e crua e a falta da ilusão na infância me levaria a uma adolescência e juventude rebelde e furiosa, mas no inicio da adolescência a religião me serviu como a ilusão para a criança e abrandou, suavizou e amenizou uma terrível ira e violência reprimidas dentro de mim. Graças a Deus e a igreja também foi muito importante naquele momento, pois se eu fui um adolescente rebelde se não fosse Deus e a igreja teria sido muito mais rebelde como adolescente e quando jovem nem sei dizer direito mas seria muito pior ainda.

Agora o que me agoniza e angustia ferozmente em minha alma é a preocupação e o medo de que de alguma forma eu cause ainda muita vergonha aos que amo ou que aconteça algo de grave a um dos que amo sem que eu nada possa fazer. Em qual quer um desses casos estaria eu aqui só para ver e sofrer por amor, então em todos os 2 casos da vergonha ou da tragédia por mais naturalmente que acontecesse, eu preferia a morte antes. Seria muito melhor morrer antes e como eu não tenho quase mais nada a perder por aqui mesmo, poderia sumir no mundo, fugir agora evitaria ter de fugir na ultima hora como grande covarde.

Nenhum comentário:

Postar um comentário