quinta-feira, 6 de agosto de 2009

DIA DOS PAIS

Domingo que está chegando será dia dos pais. Inicio deste mês de agosto sou lembrado como pai, inicio do mês que vem, setembro, a Danielle será lembrada por seu aniversário e no mês seguinte, outubro é o Pedro que será lembrado pelo seu aniversário.

Tudo que posso dizer é que não tenho nada a comemorar como pai. Devo ser o pai mais fajuto que existe e covarde. Praticamente abandonei meu filho e nem pai eu devia ser.

Meu pai José Alves, por pior que tenha sido ainda criou eu e meu irmão por 11 anos. Quer dizer mesmo com toda cachaça ele foi um bom pai e eu que não bebo, não fumo e não uso nenhum tipo de droga sou um péssimo pai.

Meu pai era bem dizer semi-analfabeto mas trabalhou e soube ganhar a vida. Já eu com todo estudo, cursos, oportunidades e com toda inteligência estou parado, perdendo tempo e vendo a vida passar. Assim meu filho está crescendo, crescendo e vai continuar crescendo afastado de mim. O que mais me corroi por dentro é que ele vai se tornar um homem e logicamente é óbvio que será natural não conhecê-lo e tão pouco seremos íntimos.

Eu mencionei algo em um depoimento no orkut para minha mãe adotiva e que também serve ao meu pai adotivo sobre nos conhecermos o bastante. Nós nos conhecemos muito bem, mas bem o bastante e não bem, bem ou bem além do suficiente.

Por exemplo, eu digo que a pessoa que me conhece melhor é Deus, depois de Deus quem me conhece mais sou eu mesmo, depois de mim quem me conhece mais é o meu irmão Marcelo e depois do meu irmão Marcelo quem me conhece mais é ele mesmo, até a posição de numero 50 pelo menos é ele que me conhece mais e lá pela posição 51 viria meus pais adotivos e depois a Danielle.

Nesses últimos 19 anos provavelmente ninguém conviveu tanto com meus pais adotivos do que eu, mas é difícil comparar porque nos últimos 30 anos ninguém conviveu tanto comigo do que meu irmão Marcelo e antes de nos conhecermos pela convivência já nos conhecíamos pelo sangue, o que corre nas minhas veias corre nas dele e o sangue que corre nas veias dele corre nas minhas.

Por isso digo sobre meus pais adotivos que nos conhecemos o bastante. Sem contar que é difícil conhecer assim o suficiente, uma pessoa feito meu pai adotivo que é tão ocupado, tão engajado nas suas obrigações profissionais e com tantos trabalhos.

Meu pai adotivo é sim uma pessoa incrível. Só não concordo que ela seja um ser humano bom porque ele é um ser humano ótimo!


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