Há casos em que o meio termo é bom e casos em que é ruim. Se pensarmos em meio termo como “equilíbrio” então é bom ou ao menos deveria ser um sinal de algo bom. Mas se pensarmos em meio termo como “indefinição” então é mau. Porque indefinição logicamente sugere algo que é duvidoso, indecisivo, sem determinação e/ou inseguro. Dada tamanha complexidade é necessário muito esforço pessoal, bastante inteligência e muito querer para chegar a compreensão de uma consciência proporcional a tal complexidade. Não me contra digo, a realidade é que se contradiz. Não se confunda, o que digo é que há casos em que é importante bancar o herói e morrer cedo e há casos em que é melhor deixar o heroísmo de lado e viver mais um pouco. Por exemplo, muitas pessoas lidam ou consideram em tudo só duas coisas: ganhar ou perder. E pra essas pessoas só existe perdas ou ganhos, não havendo ganho parcial ou perda parcial, ou seja, um ganho parcial para essas pessoas seria o mesmo que perda e uma perda parcial também seria perda. Porém tais pessoas que pensam assim são pessoas dominadas pelo estado capitalista competitivo, em uma sociedade que exalta a disputa acirrada e a concorrência brutal que as levam a se esvair de trabalhar para ganhar mais dinheiro e poderem adquirir novos bens. Trabalham mais para consumir mais e a medida que mais consomem mais precisam trabalhar para voltar a consumir e assim quase nunca ou nunca se dão por satisfeitas.
A boa noticia, felizmente é que estamos falando que muitas pessoas são assim, agem desta forma, talvez a maioria na sociedade mas ainda não todos. Geralmente a minoria costuma representar ameaça para a maioria e geralmente a maioria ao se sentir ameaçada pela minoria, vai lá e esmaga ela.
Quando digo que envelhecer é uma droga, acho que deve ficar implícito que na velhice ficamos feios, enrugados, a pele apresenta traços de cansaço e de que o fim está muito perto. Ficamos mais lentos, os movimentos já não são os mesmo de 30 ou 40 anos atrás, vamos enferrujando como ferro velho. É na velhice principalmente que a memória começa a falhar de modo a nos deixar esclerosados e paranóicos ou neuróticos . Também é na velhice que diversas doenças surgem como: pressão alta, diabetes, surdez cegueira etc... então a menos que você seja rico ou de alguma forma consiga enriquecer antes dos 50 anos, quase não há motivos para se querer viver uma longa vida. Afinal viver por muito tempo ou chegar aos 90 ou 100 anos não significa necessariamente ter vivido muito bem ou aproveitado o melhor que podia da vida.
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