domingo, 3 de junho de 2012

Um dia que seria pra esquecer

Ontem, dia 31, foi um dia do qual gostaria de nunca mais lembrar porém que jamais esquecerei. Depois de passar pelo drama do CPF, já contado aqui anteriormente, agora foi a vez de passar pelo drama do FGTS.
Tudo começou no dia 29 quando peguei uma correspondência remetida pala Caixa Econômica Federal, a mesma informava que tinha o valor de R$ 278 para ser sacado. Pelo menos foi o que pude entender da bendita carta, ao lê-la diversas vezes, mas pra ter certeza me dirigi a uma agencia da Caixa, acordei cedo, antes das 10 já estava na fila, devia estar na posição entre os 20 primeiros para ser atendido. Ao ser atendido o funcionário da Caixa me diz que preciso ligar para a empresa e pedir uma tal chave de liberação do FGTS. Eu ainda muito esperançoso de por a mãe na grana, que por sinal vinha em muito boa hora (animado comecei planejar, fui visitar meu filho prometendo a ele que voltaria em 2 ou 3 dias para leva-lo pra passear, além disso fiz conta de colocar créditos no meu celular, pagar 2 amigos aos quais estou devendo R$ 20 a cada, repor 2 Pergolas que peguei emprestado, comprar sabão em pó e 2 revistas de informática), então lá fui eu correndo, cheguei rápido, esbaforido e suado para ligar pra empresa. Como não tinha o numero do telefone, tentei primeiro o 102 e não consegui assim, ai fui desesperado pesquisar na Internet, pedi licença a minha mãe e ai sim consegui o numero. Liguei uma, duas, três vezes, liguei de novo e repeti a ligar, tocava, chamava e nada de alguém atender. No dia seguinte liguei também varias vezes, me restou acordar ontem as 8:30, pegar um trem lotado, fui em pé de Caxias a Central, mas o pior ainda estava por vir.
Chegando no RH da Empresa Contax, milagrosamente, não sei por que cargas dágua, não tinha fila, imediatamente fui atendido. Eu falei para a moça: Quero pegar com vocês a chave de liberação do FGTS, ao que ela sem qualquer cerimonia ao saber da minha situação, disse-me: Como você pediu demissão não pode sacar o FGTS. Na mesma hora eu agradeci e me retirei. Fui lá fora respirei fundo, pensei um pouco e voltei na moça do RH, a mesma ainda, eu disse: Sem querer abusar da sua boa vontade, mas pode me tirar uma dúvida: Nesse caso eu nunca vou poder usar este FGTS? Ela me deu uma resposta relativamente aceitável, mas eu precisei, ir mais fundo e disse a ela: vocês não atendem o telefone aqui? Percebi ela ficar vermelha e continuei: o numero 3232-8117 já até decorei de tanto ligar, é daqui mesmo, funciona? Ai uma coleguinha dela ao lado, que parecia bem desocupada e prestava atenção no atendimento, saiu em defesa da sua companheira novata e falou qualquer porcaria lá que eu abstrai totalmente, agradeci mais uma vez e fui embora.
Agora vocês percebam que de toda essa situação, o pude constatar foi:
O Fundo de Garantia não me garantiu nada.
O funcionário da agencia da Caixa Econômica, podia ter me orientado melhor? Creio que sim, podia e deveria, mas não o fez.
A Caixa Econômica prepara, elabora uma carta muito bem feita, toda bem detalhada e autoexplicativa, meramente para informar a pessoa do seu direito (afinal quem é que quer saber que tem um valor na conta se não pode receber, do que adianta?) Mas deixa de inserir uma única informação importante, crucial e obrigatória, que deveria vir em destaque na carta: “O TRABALHADOR QUE PEDE DEMISSÃO NÃO PODE SACAR O FGTS”. Logo a carta da Caixa Econômica é ineficiente, inconclusiva, sem objetivo e induz a pessoa ao erro.
Eu errei também sim, mas o erro da minha parte foi por inexperiência, tendo em vista que este foi meu segundo emprego de carteira assinada e o único em que pedi demissão, o que só conta em favor da minha defesa, enquanto que por outro lado, o erro da Caixa Econômica, da Contax e seus funcionários é completamente grosseiro e absurdo, o que só depõe evidentemente contra eles.
É por essas e outras que a Justiça anda entupida de processos de dano moral, constrangimentos etc contra essas empresas. Imagino que não seja nada fácil administrar ainda que seja uma pequena empresa em fase de crescimento, mas muitos casos que nós vemos erros acontecerem e que poderiam ser facilmente evitados.
Mas é vida, as relações humanas, principalmente trabalhar com atendimento de publico em geral é sempre muito complicado, devido a variedade de situações mais confusas e bizarras possíveis que acontecem, as pessoas que trabalham nesta área deveriam ter muita paciência mas depois de um certo tempo já ficam escaldadas e enquanto do lado de dentro do balcão os atendentes estão escaldados do lado de faro, quem está sendo atendido também já não aguenta mais tanta burocracia e tantas dificuldades na hora de fazer valer os seus direitos.
Enquanto no Japão tem fenômenos naturais como Tsunami e terremoto que matam milhares de pessoas. Em Uganda, na África, crianças são sequestradas e mortas em rituais macabros de feitiçaria. Na Palestina e em Israel as guerras com bombas e armas de fogo são constantes e intensas, matando centenas de inocentes. Aqui no Brasil, os nossos Tsunamis, Terremotos, feitiços macabros e guerras sangrentas estão disfarçados de muitas formas como: Carlos Cachoeira, Demostenes Torres, principalmente entre os políticos em Brasília mas também espalhado em todos os espaços da nossa sociedade.

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